mesmo em 7 de setembro...

Tem tanta coisa que é melhor, bem melhor, ficar intocável e nunca, jamais, tentar achar uma explicação...
Hoje li mais uma despedida de um homem simplesmente genial. 55 anos é muito pouco prá ele, tem muito a dizer ainda.
Existe sim um gênio, particularmente indomável, em algumas pessoas. Eu não soube conviver com esse gênio, vai muito além de qualquer coisa em mim que eu possa suportar. Mesmo me vasculhando, não encontrei o que pudesse o receber, assim como ele é, perfeito em seus enganos... Não consegui acolhimento para essa suspensão eterna. Mas, sem dúvida, foi meu melhor amante, o mais bonito, o mais inteligente, o mais...desde sempre e prá sempre - o mais e o melhor. Isso, exatamente isso, o cria e o destrói. (uma pena, eu juro)

Tenho pensado nessas pessoas que têm falado sem parar da saudade de um tempo que já passou. São tantos homens nessa mesma onda... Num mar tão vasto, uma escolha tão única, que parece uma doença contagiosa, inútil, equivocada e enjoativa. Ele não é assim, mas me parece quase próximo dessa cegueira branca. Não! O tempo não volta, o tempo é o agora, talvez o amanhã, o tempo que foi pode te matar de saudade, de velhice, de paralisia, de reclamação, de lamento. Sei lá... estão todos "nessa".

Não sei escrever como ele, que absolutamente brinca com as palavras, inventando-as como quem inventa um novo mundo, que já está velho o tempo todo. Gênio.
Inquietude desconcertante, sem paz, angustiante, cansativa. Impossivel compartilhar...
Só de ler seu texto hoje fiquei mal, sem energia, triste...

Porque as pombas, insistem em rastejar atrás de migalhas, quando elas têm asas?
Porque elas preferem ficar perto do humanos?
Porque esqueceram como se voa?
Porque são pombas, não águias?
Elas não sabem, nem eu, nem você.
Mas passamos um pela vida do outro, e isso mudou tudo. Na minha você foi e sempre será um grande, enorme, antigo e eterno amor.
O teu teatro, é lindo.


Só desejo, sinceramente, eu juro! boa sorte...