Corpo

Hoje vi fotos de Caio F., muitas fotos.
Me lembro do ano em que li todos os seus livros, acho que foi 2005.
A sensação única de que nada se comparava a aquilo. Eu pensava: isso é um escritor, algo que eu jamais chegarei perto: a perfeição.
Caio faz uma tecelagem de palavras, Caio é encantador, nunca vou parar de dizer.

Sophie Calle, bela capa de livro, e uma mulher interessante, num mar de burrice...

O dado
Sempre gostei que decidissem por mim. Com B. tínhamos uma regra: nos dias pares ele decidia, nos dias ímpares era eu. Quando ele foi para a América, deu-me um dado de presente para substitui-lo.
O dado (continuação)
Um dia, num vernissage, um jovem aproximou-se de mim e se apresentou. Tinha o mesmo sobrenome de B. Manifestei minha surpresa diante da semelhança até entre a ortografia, pouco comum, de seu sobrenome e do sobrenome do meu amante. Sua resposta foi galante: dois homens com o mesmo sobrenome me amavam. No dia seguinte, convidou-me para compartilhar sua cama. Confiei minha decisão ao dado. Por intermédio de seu presente, B. aprovava seu sucessor.

Antes de mais nada, o corpo masculino é uma forma linda que, além e tudo, ainda tem calor.

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