Smart People


"Um cavalo descarnado trazido pela ressaca... "
é assim que o vejo.

Uma amiga me disse: que horror, que tipo de mulher ficaria com esse homem?
Eu, minha querida, caso ele me quisesse.

O homem em questão, sr. Phillip, foi famoso, foi bonito, foi o que deveria ser. Jogou tudo no foda-se e virou saco de pancada. Destruiu a cara bonitinha, arrumou uma cachorra para amar e se encheu de plásticas, e de dinheiro. Colocou um dente de ouro, bem na frente, já que o original foi pro espaço. Aparece prá receber prêmios totalmente bêbado, sim, porque o cara é ator e ator dos bons. Transita na porcaria do Oscar e no underground da Amy Winehouse com a maior elegância, fumando, e com roupas que me tiram o fôlego. Falando em tirar o fôlego amiga, o cara é feio e gostoso. É muito gostoso...

Leio muito a palavra excêntrico para classificar este homem, mas classificação mora no chão do abismo. Ele tem permeado meus sórdidos sonhos desde ontem, e pelo jeito agora virou meu muso, depois do Peter Steele, do poeta italiano Aldo Pinga e do Lobão (que anda mandando mensagens prá si mesmo de seu blackberry da Claro - ught!).

Tudo isso porque eu sabia que não ia dar certo... Estava lendo o meu autor predileto nos pufs da Cultura, mas o livro me revirou, eu já sabia, prá que? O problema não é dele, é meu, aliás sou eu. Crônicas são como orgasmos, mas nada é por acaso. Porque será tão complexo entender o amor? A contragosto estou lendo Joana, e, tentando entender o que um homem entende por amor. Essa conversa de construção literária não me engana, passei das esperais de línguas dentro das bocas e hoje, não acredito na palavra. O fato é que estou num tremendo desgosto, que acho que só passa em de Agosto (trocadilho importantíssimo, porque é o mês do cachorro louco) ou a gosto de deus. Ainda bem, não cheguei na parte da solidão.
Não sou especialista no amor, muito menos profissional da área, mas já amei muito, amar é meu hobby predileto, e nada disso faz sentido. Ainda busco. Sempre busco. E sou mulher, apesar de Joana...

Ultimamente poesia tem sido feita em ato, mas poesia é ato.

Então encontro esse deus, esse homem, o Phillip... Ele entende do amor, ele entende de mulher. E o mais legal... tá se lixando prá tudo isso.
O que vejo nisso, ou nele, é o que mais me interessa em um homem: a beleza.
Viva o sr. Mickey Rourke!

E algumas sábias palavras sobre o amor:

Não falo do amor romântico,
Aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.
Relações de dependência e submissão, paixões tristes.
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo,
E pensam que o amor é alguma coisa
Que pode ser definida, explicada, entendida, julgada.
Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro,
Antes de ser experimentado.
Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta.
A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado.
O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita.
O amor é um móbile.Como fotografá-lo?
Como percebê-lo?Como se deixar sê-lo?
E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor nos domine?
Minha resposta? o amor é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores,
O amor será sempre o desconhecido,
A força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão.
A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação.
O amor quer ser interferido, quer ser violado,
Quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência.
A morte do amor é quando, diante do seu labirinto,
Decidimos caminhar pela estrada reta.
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos,
E nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim.Não, não podemos subestimar o amor não podemos castrá-lo.O amor não é orgânico.
Não é meu coração que sente o amor.
É a minha alma que o saboreia.
Não é no meu sangue que ele ferve.
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha
E nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu
Como se fossem novas estrelas recém-nascidas.
O amor brilha. como uma aurora colorida e misteriosa,
Como um crepúsculo inundado de beleza e despedida
O amor grita seu silêncio e nos dá sua música.
Nós dançamos sua felicidade em delírio
Porque somos o alimento preferido do amor,
Se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço.
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo,
Me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega.
Morrer de amor é a substância de que a vida é feita.
Ou melhor, só se vive no amor.
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.


Joana a Contragosto - Marcelo Mirisola
O Homem da Quitinete de Marfim - Marcelo Mirisola (de onde veio a linda frase do cavalo descarnado)
Phillip - Mickey Rourke was born Phillip Andre Rourke (a fotinho aí em cima é dele...)
Vênus - poesia do Moska
Smart People - um filme com Dennis Quaid, Sarah Jessica Parker, 2 lindos

Comentários

Humberto Alitto disse…
Obrigado pela visita ao blog Apodiforme. Vou adicionar o teu ao meus favoritos.
Um grande abraço.
Humberto.
Anônimo disse…
isso é uma msg automática?
Nina
fao disse…
...classificação mora no chão do abismo...
Crônicas são como orgasmos, mas nada é por acaso....

vc é das minhas caso isso exista...

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