Vida

"...Difícil aceitar que a vida de quem amamos tenha sido jogada fora. Porque uma coisa é ponto pacífico: há amor, claro que sim.
Na verdade, tememos pelo nosso destino. Pelo tempo que não é tão longo assim, e que passa rápido demais, e se há algo nessa história que prova que,apesar da distancia entre uma pessoa e outra, o amor existe, e que não é o tempo que vôa, bem, esse “algo” é a busca obstinada pelo encontro (ou pela paz); daí o desejo ou a súplica de que em algum instante – tanto faz se for Pai ou filho ou a mulher amada, – alguém venha a renascer... enfim, a gente pede “com loucura” para que alguém renasça a qualquer custo, mesmo que o tenhamos matado no meio do caminho, a gente pede com loucura para ele (ela) voltar, mas esse alguém não vai voltar, não. Sabem por quê?
Porque para o amor sempre vai ser tarde demais. Ah,meu Deus! Por que tem de ser assim? Por que quando adquirimos o grito apenas o deserto nos ouve? Por que, como diria meu amigo e poeta Marcelo Montenegro, temos sempre que “dinamitar a ponte que atravessamos”?
Marcelo Mirisola

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