sobrevivente



A imagem das ondas na televisão sem som
as palavras que nascem das lágrimas
tudo inunda, tudo imundo, sem sono
O corpo cheio de hematomas e lembranças
uma saudade equivocada e dolorosa
tudo dói, até onde não vejo, descubro:
a cabeça onde você colocou seus pés,
o rosto que você não escutou pedindo
implorando pra diminuir o volume da tortura
da distancia, dos ruídos, do tamanho das letras
dos nomes das pessoas, das exigências inatingíveis
da tua alma, escura como as asas quebradas
que não voam mais...

que de tanto segurar minha boca, prá que eu não falasse
que não respirassse, que não pensasse, que não quisesse
acabei gritando sem alívio
só teu nome
que agora me persegue nas noites escuras de lembranças
tuas. só tuas

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