Vênus

(p/ A.)
"teu sexo o inventário das estrelas. precipício para minha boca perdida"
Mario Cezar

O amor é esse sentimento estranho que aproxima, se alastra como doença e vicia como cocaína. O amor é um estranho tão íntimo, que surge do nada, de onde menos conhecemos, prá nos deixar de cama, na cama, de febre ardendo. O amor dá medo, o amor dá pânico, o amor, esse velho desconhecido, sempre nasce um novo engano. O amor dá vida, o amor faz planos, o amor é som, o amor tem mil anos. Eu te amo. Com uma força bruta que desconheço. E por esse amor acordo todos os dias e vou me deitar com ele. Eu te amo. E com você tenho pensado em ter um filho. E nunca quis ter um filho, mas você dentro de mim eterniza esse amor. Não sei explicar, amor não se explica, se ama. Sei que quero você, todos os dias da vida, na minha cama. Sei que quero comer da tua comida, viver a tua vida, morar com você na rua, na calçada, na chuva, não ter nada. Trocar todo nascer do sol por um único sorriso seu quando acorda. Eu te amo como tua mãe, tua irmã, tua mulher. Eu te amo, mesmo se mal me quiser.
O amor, não tem tempo. Ele tece teias em lugares estranhos, lento e contínuo, crescendo a todo instante. O tempo do amor não existe, 4 meses, um ano, uma vida inteira, apenas prá te mostrar meu sonho de viver com você. O amor espera, se arrebenta inteiro, dilacera de saudade, mas espera. E enquanto espera, tece, e enquanto tece, cresce.Eu te amo e penso no dia em que te encontrar assim, perto de mim. Neste dia nunca mais poderei parar de te amar, porque já te amava antes, porque sempre te amei, desde que nasci. Vim ao mundo prá te conhecer e acabei me apaixonando. Neste dia, te farei o homem mais feliz do mundo, cheio de amor vagabundo sob a lua de Torino.

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